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Tudo sobre Ouro, Diamantes e Prata

 


O que é o toque?


Ao contrário daquilo que o cidadão comum muitas vezes supõe, as peças de ourivesaria não são feitas de metais preciosos no seu estado puro.
De facto, os metais preciosos nesse estado são muito pouco trabalháveis.
Se uma vulgar aliança de casamento, por exemplo, fosse feita em ouro fino, a sua resistência à deformação seria tão pequena que as actividades habituais do dia a dia dum utilizador vulgar seriam suficientes para a danificarem constantemente.
Sendo assim, os ourives tiveram, desde sempre, necessidade de adicionarem outros metais aos metais preciosos com que trabalhavam, de forma a obterem uma liga adequada ao tipo de trabalho que visavam produzir.
A quantidade de metal precioso existente na liga é traduzida através da indicação do toque da mesma, significando isto que quanto mais elevado é o toque duma peça maior é o conteúdo de metal precioso existente por unidade de massa dessa peça.
Citando J. Almeida Costa e A. Sampaio e Melo (in Dicionário da Língua Portuguesa) poder-se-á dizer, portanto, que toque é a percentagem de metal puro numa liga em que ele é fundamental.
O termo título é também utilizado muitas vezes em lugar de toque.

Fórmulas de calculo de quilate

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O que são as milésimas e os quilates?


O toque é habitualmente designado em milésimas ou em quilates, embora as milésimas sejam cada vez mais utilizadas, pois são de muito mais fácil leitura para o consumidor.
Quando se diz, por exemplo, que um objecto tem um toque de 750 milésimas está a informar-se o eventual interessado que em 1000 unidades de massa da liga com que foi feito o objecto de metal precioso existem 750 unidades de metal precioso puro. No entanto, se se utilizassem os quilates para se dar a mesma informação diríamos estar em presença de um objecto com o toque de 18 quilates, o que, como vemos, tem muito menos significado para um leigo.
Eis algumas equivalências entre milésimas e quilates:

41,6 milésimas equivalem a 1 Qt; (1000 milésimas / 24 Quilates = 41,6 milésimas )

333 milésimas equivalem a 8 Qt;

375 milésimas equivalem a 9 Qt;

585 milésimas equivalem a 14 Qt;

750 milésimas equivalem a 18 Qt;

800 milésimas equivalem a 19,2 Qt (ouro português)

1000 milésimas equivalem a 24 Qt.

Será útil saber-se também que é impossível detectar à vista desarmada qual o toque dum determinado objecto, significando isto que um objecto de 333 milésimas, por exemplo, pode ser absolutamente igual, no que diz respeito ao seu aspecto, a um objecto de 800 milésimas. Daqui se extraiu, possivelmente, o ditado popular que diz que nem tudo o que reluz é ouro...

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Que marcas devem obrigatoriamente apresentar as peças de ourivesaria legalmente comercializadas?


Para estarem devidamente legalizadas, as peças de ourivesaria comercializadas em Portugal devem apresentar duas marcas: uma, aplicada pelo fabricante, que serve para o identificar e outra, aplicada por uma contrastaria reconhecida pelo Estado português, que garante o toque dessas peças.

 

Associação dos Industriais de Ourivesaria e Relojoaria do Norte


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Ligas

Antes de se proceder à fundição, é imprescendível conhecer várias operações. A mais importante consiste na preparação da liga para se ajustar ao título ou lei.

  • Ligas de ouro

Liga de ouro vermelho com toque de 800 milésimas em 100g

Ouro fino-80gr

Liga-20 gr -cobre -16gr em termos percentuais 16%

-prata fina -4gr em termos percentuais 4%

Liga de ouro amarelo com toque de 800 milésimas em 100g

Ouro fino-80gr

Liga-20 gr -cobre -10gr em termos percentuais 10%

-prata fina -10gr em termos percentuais 10%

  • Solda de ouro

Solda ouro com toque 800 milésimas em 100gr

Ouro fino-80gr

Liga-20 gr -cobre -10gr em termos percentuais 10%

-prata fina -5gr em termos percentuais 5%

-càdimo -5gr em termos percentuais 5%

  • Ligas de prata

Liga de prata com toque de 925 milésimas em 100gr

Prata fina -92,5gr

Cobre -7,5gr em termos percentuais 7,5%

Liga de prata com toque de 835 milésimas em 100gr

Prata fina-83,5gr em termos percentuais 28%

Cobre-16,5gr em termos percentuais 16,5%

  • Solda de prata

Solda alta de prata com toque 730 milésimas em 100gr

Prata fina -73,0gr

Cobre-27gr em termos percentuais 27%

Solda média com toque de 700 milésimas em 100gr

Prata fina -70gr

Liga -30gr -cobre-28gr - em termos percentuais 28%

-latão-2gr -em termos percentuais 2%

Solda baixa com toque de 670 milésimas em 100gr

Prata fina-67,0gr

Liga -33gr-cobre -19,8gr -em termos percentuais 19,8%

-càdimo-13,2gr -em termos percentuais 13,2%

http://ourivesaria.no.sapo.pt/

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MARCAS DE CONTRASTARIA E DE RESPONSABILIDADE

Um artefacto de metal precioso diz-se que está legalmente marcado quando tiver apostas as marcas de punções de duas espécies:

  • Punção de fabrico ou equivalente (por vezes dito punção de responsabilidade )

  • Punção ou punções de Contrastaria

O punção de fabrico ou equivalente reproduz uma marca que inclui, dentro de um perímetro , a letra inicial do nome do industrial ou importador (ou da firma, se for pessoa colectiva) e um símbolo privativo, não confundível com os outros já existentes e não extraído do reino animal .

O punção de Contrastaria reproduz uma marca legal, cujo perímetro é definido, irregular nas marcas da Contrastaria de Lisboa e octogonal irregular nas marcas da Contrastaria do Porto . O símbolo varia conforme o metal: no ouro, é uma cabeça de veado para os toques iguais ou superiores a 800 milésimas e uma andorinha em voo para os toques inferiores a 800 milésimas; na prata é uma cabeça de uma águia ( voltada para a esquerda nos toques legais iguais ou superiores a 925 milésimas e para a direita nos toques legais iguais ou inferiores a 835 milésimas) e, na platina, é uma cabeça de um papagaio. Todas estas marcas apresentam na parte inferior o toque correspondente, em milésimas.

Os punções das Contrastarias Portuguesas informam, assim, simultaneamente , sobre o metal precioso em questão, o seu toque e a Contrastaria que fez o controle de qualidade e a contrastação . O sistema de marcação legal, envolvendo para além da marca de responsabilidade, a marca de Contrastaria (e de toque) responde na sua leitura às questões: quem fabricou/importou , o que fabricou (metal e toques) e quem controlou a conformidade e marcou (que Contrastaria).

São as seguintes as marcas legais das Contrastarias de Lisboa e do Porto:

 

Platina


Contrastaria de Lisboa


Contrastaria do Porto

 

Ouro


Contrastaria de Lisboa


Contrastaria do Porto

 

Prata


Contrastaria do Porto


Contrastaria de Lisboa

MARCAS DA CONVENÇÃO

É autorizada a venda no território nacional de artefactos de ourivesaria marcados ao abrigo da Convenção sobre o Controlo e Marcação de Artefactos de Metais Preciosos

A Convenção foi um acordo realizado em Viena em 1972 entre vários países europeus, entre os quais Portugal, a fim de facilitar o comércio internacional de artefactos de metais preciosos, mantendo a protecção ao consumidor, justificada pela natureza particular destas obras. Os símbolos das marcas da Convenção (marca comum de controlo, CCM) consistem numa balança , no interior de perímetros diferentes conforme o metal precioso e com o toque, em algarismos árabes, inscrito no centro .

São as seguintes as Marcas Comuns de Controlo, CCM:

 

Ouro

Prata

Platina

750, 585 e 375 milésimas

925, 830 e 800 milésimas

950 milésimas

  • O sistema de marcação da Convenção exige, para além do CCM, três outras marcas:

  • De responsabilidade (fabricante/importador);

  • Numero, em algarismos árabes, do toque;

  • Marca da Contrastaria

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MARCAS DO ESPAÇO ECONÓMICO EUROPEU (E.E.E.)

Consideram-se, também que, estão legalmente marcados os artefactos provenientes de outro Estado do EEE quando respeitem as seguintes condições:

  1. Tenham apostos o punção de fabrico ou equivalente e o punção de toque (este punção subentende, onde existam, o punção da Contrastaria e o de toque, o que em muitos países são dois distintos);

  2. Esteja depositado na INCM documento comprovativo do registo do respectivo punção de fabrico ou equivalente no país de origem;

  3. O conteúdo informativo das marcas de garantia de toque seja reconhecido pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ) como equivalente ao das marcas de garantia de toque estabelecidas no Regulamento das Contrastarias e não seja susceptível de induzir em erro o consumidor;

  4. As marcas de garantia de toque tenham sido aplicadas por um organismo independente do país de origem, em condições reconhecidas como equivalentes às estabelecidas no Regulamento das Contrastarias pelo Instituto Português da Qualidade.

Encontram-se já reconhecidas como equivalentes das marcas nacionais (em termos de conteúdo informativo e de condições de aplicação) as marcas de alguns organismos independentes do EEE.

O reconhecimento dessas marcas de toques foi solicitado ao IPQ pelos referidos organismos independentes, encontrando-se em curso processos de reconhecimento de algumas Contrastarias do EEE.

Igualmente, encontram-se depositadas marcas de fabrico, ou equivalentes, de fabricantes ou importadores do EEE no Departamento de Contrastarias da INCM.

As informações sobre os organismos independentes do EEE reconhecidos poderão ser obtidos junto do IPQ ou nas Contrastarias de Lisboa e do Porto. As marcas de fabricantes, ou equivalentes, de acordo com a lei, podem ser confirmadas nas duas Contrastarias.

Imprensa Nacional - Casa da Moeda, S.A. - Contrastaria

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Tudo sobre DIAMANTES

Um diamante é constituído por carbono puro cristalizado. Para se gerar, é necessário que sofra uma pressão de 70 mil quilos por centímetro cúbico, a uma temperatura de 1700 a 2500 graus Celsius. O diamante forma-se a 150/200 quilómetros abaixo da superfície, na rocha derretida do manto da Terra. Apresenta-se como um cristal, com forma octaédrica (oito faces) ou hexaquisoctaédrica (48 faces), frequentemente com superfícies curvas, arredondadas, incolores ou coradas. É o mineral mais duro na natureza, obtendo a dureza 10, valor máximo na Escala de Mohs. Apresentam-se como pedras brutas e devem ser processados para se transformarem em peças brilhantes, prontas para a venda. Os diamantes são gemas preciosas sofisticadas, que passam por um longo processo de refina­mento, desde o momento que são tiradas da terra até chegarem às joalharias.

diamantes

Carbono e Kimberlito
O carbono é um dos elementos mais comuns no mundo e institui-se como um dos quatro princípios básicos para a existência da vida. Os seres humanos contêm mais de 18 por cento de carbono no seu corpo, e o ar que respiramos apresenta traços desse elemento. Quando ocorre na natureza, o carbono existe em três formas básicas. O diamante, um cristal extremamente duro e claro, a grafite, um mineral preto e macio, com estrutura molecular menos compacta e por isso mais fraco, e a fulerite, um mineral feito de moléculas perfeitamente esféricas, constituído exactamente por 60 átomos de carbono.
A maioria dos diamantes que vemos hoje foram formados há milhões ou até biliões de anos. Poderosas erupções de magma trouxeram os diamantes até a superfície, criando chaminés de kimberlito. O nome foi escolhido em homenagem a Kimberly, África do Sul, onde estas chaminés foram encontradas pela primeira vez. A maior parte destas erupções ocorreu entre 1.100 milhões e 20 milhões de anos atrás.

Exploração
A exploração dos diamantes executa-se de várias formas. Este material precioso é procurado a céu aberto, em minas, na costa, em rios ou no mar.
O 'ranking' dos países que mais diamantes produzem é liderado pelo Botswana, com 27, 9 por cento de uma produção que totaliza em todo o mundo 175 milhões de quilates, 35 mil quilos de diamantes e 11,5 biliões de dólares. Na lista segue-se a Federação Russa, com 22,3 por cento neste volume de negócios. Mais abaixo surge o Canadá (12,2 por cento), a África do Sul (12 por cento), Angola (9,8 por cento), Namíbia (7,8 por cento), Austrália (cinco por cento) e a República Democrática do Congo (3,7 por cento). No mundo evidenciam-se duas empresas na exploração de diamantes. A De Beers destaca-se com 44 por cento da totalidade dos diamantes resgatados da terra, ao passo que a Airosa encontra 22 por cento. Com algum destaque nesta lucrativa indústria sobressaem a BHP­ Billiton (oito por cento) e a Rio Tinto (seis por cento). Os restantes 23 por cento da exploração de diamantes estão entregues a outras empresas com menor escala a nível global.

Consumo
No que respeita ao consumo de joalharia de diamantes no mundo, os EUA lideram a lista com um destaque evidente sobre qualquer outro país. Muito devido à tradição do pedido de casamento exigir a oferta de um anel de diamante, os Estados Unidos atingem um consumo na ordem dos 28,7 biliões de dólares, num total de 56,9 biliões de dólares de referência. O Japão consome 8,4 biliões de dólares, logo seguido da Europa, com 7,8 biliões de dólares de consumo.

Fonte: Revista JoiaPro nº20

 

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Diamantes Sintéticos

Desde a criação em laboratório das pedras mais preciosas, todos aguardavam o momento em que as tecnologias se aperfeiçoassem ao ponto de a produção de dia­mantes atingir uma qualidade e um tamanho que fosse lapidável a custos comercialmente viáveis. Tal acabou por acontecer apenas no início do século XXI. Foi nessa altura que as pedras sinté­ticas ganharam maior potencial para o mercado da joalharia. Até então, o diamante de labo­ratório vivia dias risonhos em outras aplicações, nomeadamen­te tecnológicas e industriais. As gemas já tinham lugar cimeiro em áreas tão diversas como a dos abrasivos e perfuradores, assim como para a electrónica e as telecomunicações.


Métodos de Produção

Existem dois métodos distintos de produção sintética destas pedras, chamados HPHT e CYD. O HPHT ('high pressure - high temperature', em português "alta pressão - alta tempera­tura") revela-se o método mais utilizado para a produção de pedras com qualidade lapidável, conseguindo-se já a preços de mercado bem competitivos o fabrico de tamanhos até três quilates. No entanto, a dificuldade de prevenir a entrada de azoto na estrutura cristalina das gemas faz com que as peças geradas adquiram cor amarela ou azul. Por outro lado, a única forma de impedir o nitrogénio de entrar na composição do diamante sintético, com recurso a captadores de azoto, reduz a taxa de crescimento das gemas, ao mesmo tempo que retém nos cristais os captadores metálicos. Obtêm-se assim pedras transparentes, mas mais pequenas e com inclusões bem visíveis. Apesar de eficiente, o método HPHT de síntese de diamantes envolve grandes pressões atmosféricas, o que se traduz em avultados gastos de energia. O método CVD (em português, deposição química em fase de vapor) afigura-se mais promissor.


Aplicação Comercial

Esta tecnologia obteve, nos últimos 50 anos, grande desenvolvimento, conseguindo-se em 2004 a produção de placas monocristalinas de diamante com mais de quatro milímetros, o que possibilitou a lapidação de pedras acima de 50 centésimas. Prevê-se, entretanto, a evolução destas metodologias, no sentido de produzir monocristais ainda maiores.
Realizam-se, actualmente, estudos para a aplicação do diamante sintético em várias indústrias, como a saúde, a electrónica e a purificação de águas. Existem ainda importantes investimentos por parte dos agentes industriais, face ao potencial do diamante sintético CVD, designadamente nas futuras gerações de telemóveis e PDA.

Aplicação na Joalharia

A inclusão de diamantes sintéticos em jóias é uma realidade quotidiana desde há três ou quatro anos. A evolução da criação destas pedras em laboratório permite, assim, a oferta ao público de peças com características ópticas altamente semelhantes às das gemas naturais, mas a um preço muito mais acessível. Serão necessários mais alguns anos para verificar o impacto que esta nova possibilidade trará ao sector da joalharia, quer na competitividade com as pedras naturais, quer na aceitação ou desconfiança que possa provocar no público.

Diamantes Sintéticos

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Tracy Hall - Pai do Diamante Sintético

Tracy Hall nasceu no Utah, EUA, em 1919. O seu herói de infância era Thomas Edison, por isso desde cedo sonhava trabalhar na General Electric (GE). Doutorado pela Universidade de Utah e, após combater na 1º Guerra Mundial na Marinha americana, conseguiu colocação na GE. A empresa não lhe facultava o material que o cientista precisava para levar a cabo a criação sintética de diamantes. Depois de algum esforço, conseguiu providenciar a máquina que atingisse a temperatura necessária para transformar carbono em diamante. Alcançou a proeza em 1954. Foi a primeira pessoa a afirmar que tinha duplicado diamantes e a repetir o processo à frente da classe científica. A sua história é caricata, porque, apesar do grande feito que protagonizou, nunca foi devidamente reconhecido. A GE ficou com os lucros e a patente e deu-lhe apenas 10 dólares de recompensa. Mais tarde, criou a sua própria firma, chamada MegaDiamondo Ao todo, Tracy Hall ajudou a registar 19 patentes e recebeu inúmeros prémios pelas suas descobertas e criações. Nunca foi agraciado pelo Nobel, algo que muitos consideram uma injustiça. O cientista faleceu a 25 de Julho de 2008, com 88 anos e uma carreira "brilhante".

Tracy Hall

 

Transforme o seu corpo em Diamante

Algumas agencias funerárias nos Estados Unidos oferecem a opção de cremar o corpo e usar as cinzas para fazer diamantes! A patente do processo foi requerida pela LifeGem Memorials, pequena empresa de Chicago, que fornece o diamante acompanhado de certificado emitido pelo European Gemological Laboratory, de Nova Iorque. Um diamante de 25 pontos custa quatro mil dólares; o de um quilate chega a 22 mil dólares.
Cremar o corpo de parentes falecidos é costume muito comum na Índia, onde a cerimónia é feita em local público e onde as crianças são incentivadas a assisti-las desde pequenas, para se habituarem à ideia de que o corpo físico é mero envoltório  de um corpo espiritual.
Nos Estados Unidos, o costume não é tão bem aceite, mas 43% das pessoas julgam apropriado cremar o corpo e espalhar as cinzas ao vento, no mar ou então mantê-las em casa. Em Portugal a cremação é algo recente.
Actualmente existem em Portugal seis fornos crematórios. Esta invenção leva a um novo, inusitado e polémico capítulo na história da síntese de pedras preciosas.
A idéia de usar cinzas humanas no processo foi de Rusty VandenBiesen, Presidente da General Eletric, não por acaso a primeira empresa do mundo a produzir diamante sintético.
Alguns anos atrás, começou a pensar no que gostaria que fosse feito com seu corpo quando morresse. Não queria ser sepultado num cemitério, nem numa caixa, sobre um móvel da família.
Lembrando-se que o corpo humano é rico em carbono, elemento químico de que é feito o diamante, pensou na possibilidade de transformar as cinzas nessa gema. Após três anos de tentativas, trabalhando num laboratório de Munique (Alemanha), atingiu o seu objectivo em Abril de 2003.
É essencial no processo o controle dos níveis de oxigénio, para impedir que o carbono se perca na forma de dióxido de carbono. Para tanto, a incineração é interrompida em determinado momento e o carbono recolhido na forma de um pó preto.
A transformação desse pó em diamante exige altas pressões e altas temperaturas, e demora dois meses. As cinzas de um adulto são suficientes para produzir de cinquenta a cem diamantes, dependendo do tamanho desejado. Para muitas pessoas ver as cinzas de um ente querido transformadas numa pedra, por mais valiosa que seja, pode parecer algo macabro ou, no mínimo muito esquisito.
Para quem trabalha com gemas, a idéia talvez seja bem mais aceitável. Afinal, entre ver os restos da pessoa amada como simples cinza ou na forma de uma gema valiosa, há uma enorme diferença.

 

Diamante Humano

 

 

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